O gesso agrícola, sulfato de cálcio (CaSO4 • 2H2O) é subproduto da fabricação do ácido fosfórico, que é necessário à produção de superfosfato triplo e fosfatos de amônio (MAP e DAP).
Devido à grande quantidade com que é obtido, isto é, para cada tonelada de P2O5 produzida na forma de ácido fosfórico, obtém-se 4,5 toneladas de gesso, seu acúmulo torna-se um transtorno para a indústria, onerando obviamente o custo do ácido fosfórico e conseqüentemente o custo dos fertilizantes com ele produzidos. Não é descartado porque contém dois importantes nutrientes, o cálcio e o enxofre, este quase totalmente importado. E com o domínio dos fertilizantes de alta concentração, desprovidos de enxofre, os casos de deficiência desse nutriente estão se tomando cada vez mais freqüentes.
Em função dessa origem o gesso possui um resíduo de fósforo em torno de 0,7% de P2O5. Esse baixo teor não o credencia a ser considerado como fonte de fósforo. A denominação "fosfogesso" com que também é chamado, objetiva distinguir essa origem do gesso daquela de jazimentos naturais, mas pode induzir a considerá-lo incorretamente como fonte de fósforo, razão porque a tendência está sendo denominá-lo de gesso agrícola.
